Especialistas projetam preços entre US$ 90 e US$ 130 por barril, dependendo da resposta iraniana e possível fechamento do Estreito de Ormuz
Por Painel Mercantil
27 de junho de 2025
Os recentes ataques aéreos dos Estados Unidos contra instalações nucleares no Irã devem provocar um choque nos preços do petróleo, com projeções que variam de US$ 90 a US$ 130 por barril, dependendo da escalada do conflito. A principal preocupação do mercado é uma possível retaliação iraniana, incluindo o fechamento do Estreito de Ormuz, uma das rotas mais críticas para o transporte global de petróleo.
O bombardeio americano às instalações de Fordow, Natanz e Esfahan já desencadeou uma onda de especulação nos mercados internacionais. Analistas preveem que, caso o Irã opte por bloquear o Estreito de Ormuz, o preço do barril pode disparar para US$ 130, nível próximo ao registrado durante a guerra entre Rússia e Ucrânia em 2022.
No curto prazo, o petróleo Brent já apresentou fortes oscilações, com alta de 11% desde o início das tensões entre Israel e Irã. Se o conflito se intensificar, os preços podem se estabilizar em uma faixa entre US$ 90 e US$ 100, pressionando a inflação global e os custos logísticos em várias economias.
O Estreito de Ormuz é uma das passagens marítimas mais estratégicas do mundo, responsável pelo escoamento de 20% do petróleo global. Um eventual bloqueio iraniano poderia interromper o fornecimento de países como Arábia Saudita, Iraque, Kuwait e Emirados Árabes, gerando um choque de oferta no mercado internacional.
Enquanto algumas análises apontam uma probabilidade de 63% para esse cenário, outras avaliam que as chances são menores, em torno de 20%, considerando os riscos econômicos e políticos para o próprio Irã.
Além do petróleo, os ataques devem provocar:
O ataque dos EUA ao Irã marca um ponto de inflexão nos mercados de energia. Enquanto investidores aguardam a resposta de Teerã, a volatilidade deve dominar as negociações nas próximas semanas. Para o Brasil, a alta do petróleo pode trazer benefícios à balança comercial, mas também riscos inflacionários, especialmente nos preços dos combustíveis.
Agora, o mundo acompanha se o conflito permanecerá contido ou se evoluirá para uma crise mais ampla, com consequências imprevisíveis para a economia global.
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