Entre o final de junho e inicio Julho de 2025, a C&M Software, empresa brasileira que fornece infraestrutura tecnológica para instituições financeiras menores se conectarem ao sistema de pagamentos instantâneos Pix, sofreu um grave ataque cibernético. Segundo o Banco Central, o incidente resultou no desvio de cerca de R$ 800 milhões a R$ 1 bilhão de contas reservas mantidas no Banco Central por oito instituições financeiras clientes da C&M, que não incluem os grandes bancos.
O ataque ocorreu na madrugada de segunda-feira (30/6) e foi comunicado ao Banco Central no dia seguinte. Os criminosos utilizaram credenciais vazadas — como logins e senhas — para acessar os sistemas da empresa e movimentar recursos. A C&M Software, que conecta 22 bancos, cooperativas e sociedades de crédito ao Pix, teve sua infraestrutura bloqueada pelo Banco Central para evitar novos incidentes, o que causou a interrupção temporária do serviço para os clientes dessas instituições.
Após a adoção de medidas de segurança reforçadas, auditorias independentes e protocolos de monitoramento, o Banco Central autorizou a retomada das operações da C&M em regime controlado, com restrições de horário e limites transacionais, para garantir a segurança e evitar novos ataques.
A Polícia Federal abriu inquérito para investigar o caso, que envolve suspeitas de furto mediante fraude, invasão de sistemas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Parte dos valores desviados foi convertida em criptomoedas, mas já houve bloqueios e estornos parciais.
Este episódio é considerado o maior ataque hacker já registrado contra instituições financeiras brasileiras e expõe vulnerabilidades no sistema de pagamentos instantâneos, reforçando a necessidade constante de aprimoramento em segurança cibernética no setor financeiro.
O Pix é um sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central do Brasil, lançado em novembro de 2020. Ele permite a transferência e o recebimento de dinheiro em tempo real, 24 horas por dia, 7 dias por semana, incluindo finais de semana e feriados, de forma rápida, segura e sem custo para pessoas físicas.
O Pix é um sistema de pagamentos instantâneos criado e regulado pelo Banco Central do Brasil (BCB), que funciona por meio do Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), uma infraestrutura centralizada gerida pelo próprio Banco Central. O SPI é responsável pelo processamento e liquidação das transações em tempo real, conectando todos os participantes do ecossistema Pix, como bancos, fintechs e outras instituições financeiras autorizadas.
Iniciação da transação: Quando um usuário realiza um pagamento ou transferência via Pix, ele pode usar uma chave Pix — que pode ser CPF, CNPJ, número de celular, e-mail ou uma chave aleatória — para identificar a conta do destinatário. Isso elimina a necessidade de informar dados bancários completos (agência, conta, banco).
Processamento pelo SPI: A transação é enviada ao SPI, que atua como um sistema de liquidação em tempo real. O SPI verifica a validade da chave, autentica a operação e transfere o valor diretamente da conta do pagador para a conta do recebedor, em até 10 segundos, a qualquer hora do dia, inclusive finais de semana e feriados.
Participantes: O sistema é aberto a todas as instituições financeiras e de pagamento autorizadas pelo Banco Central, incluindo bancos tradicionais, fintechs, e plataformas digitais. Atualmente, mais de 800 instituições são participantes do Pix, garantindo ampla interoperabilidade.
Liquidação: Diferentemente de sistemas tradicionais, o Pix não depende de intermediários para a transferência dos fundos, o que reduz custos e aumenta a velocidade. O dinheiro sai da conta do pagador e entra na conta do recebedor quase que imediatamente.
O Banco Central estabelece regras rigorosas para garantir a segurança das transações, incluindo autenticação forte, monitoramento antifraude e mecanismos de proteção contra lavagem de dinheiro. Além disso, o Pix é regulado por normas específicas que obrigam as instituições a oferecerem o serviço e protegerem os dados dos usuários.
Resumo: O Pix é um sistema instantâneo de pagamentos e transferências, operado pelo Banco Central via o SPI, que conecta bancos e fintechs para permitir transferências de dinheiro em tempo real, 24/7. Ele elimina intermediários, usa chaves simples para identificação das contas e é regulamentado e supervisionado pelo Banco Central, garantindo rapidez, segurança e ampla disponibilidade no mercado financeiro brasileiro
Para usar o Pix, o usuário pode cadastrar uma chave Pix, que pode ser um CPF, CNPJ, e-mail, número de celular ou uma chave aleatória gerada pelo sistema. Essa chave funciona como um identificador único para facilitar as transações, eliminando a necessidade de informar dados bancários completos, como agência e conta.
Ao realizar uma transferência via Pix, o dinheiro é creditado na conta do destinatário em segundos, independentemente do banco ou instituição financeira. O sistema é interoperável, ou seja, funciona entre diferentes bancos e fintechs.
O Pix revolucionou o sistema financeiro brasileiro ao oferecer uma forma simples, rápida e segura de movimentar dinheiro, facilitando o dia a dia dos consumidores e impulsionando a digitalização dos pagamentos no país.
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