O conflito entre Israel e Irã atingiu um novo patamar de gravidade. Após semanas de escalada, os Estados Unidos intervieram diretamente no sábado (21/6), realizando ataques aéreos massivos contra instalações nucleares iranianas, em coordenação com Israel. O ataque utilizou bombardeiros furtivos B-2 e bombas “fura-bunker”, causando danos severos a três instalações nucleares estratégicas: Fordo, Natanz e Isfahan.
O Irã, por sua vez, retaliou lançando mísseis contra Israel e, em um movimento inédito, atacou a base aérea americana de Al Udeid, no Catar, a maior base dos EUA na região, abrigando mais de 10 mil soldados. Seis mísseis foram lançados e explosões foram registradas em Doha.
Israel também intensificou seus ataques, atingindo seis aeroportos iranianos e vários centros de comando e inteligência das forças de segurança do Irã. Até o momento, não há confirmação de mortes, mas há dezenas de feridos e danos significativos em infraestrutura militar e aeroportuária.
A operação militar dos EUA foi descrita como a maior já realizada contra o Irã, armas guiadas de precisão. O ataque buscou neutralizar a capacidade nuclear iraniana e enfraquecer a estrutura de comando militar do país. O Irã respondeu de forma direta, mirando uma base americana estratégica no Catar, em retaliação à chamada “operação Martelo da Meia-Noite”. O Pentágono afirmou que a ação foi cuidadosamente planejada para surpreender as defesas iranianas.
Mercado de Energia e Petróleo:
O Irã é um dos principais produtores globais de petróleo, e o conflito no Golfo Pérsico, especialmente no Estreito de Ormuz, eleva os riscos de interrupção no fornecimento global da commodity. O preço do petróleo subiu até 4% após os ataques, mas se estabilizou em alta de cerca de 2%. O aumento do preço do barril pressiona a inflação global, especialmente em países importadores como o Brasil.
Inflação e Política Monetária no Brasil:
A alta dos combustíveis tende a pressionar o IPCA, podendo forçar o Banco Central a manter ou até elevar a taxa Selic para controlar a inflação. Isso encarece o crédito e pode desacelerar a economia.
Câmbio e Fluxo de Capitais:
Em momentos de incerteza, investidores buscam ativos de refúgio, como o dólar e o ouro. O real tende a se desvalorizar, com saída de capital estrangeiro e valorização do dólar frente ao real. Isso encarece importações, aumenta o custo da dívida em dólar das empresas brasileiras e pode afetar negativamente o investimento externo.
Mercado Financeiro:
A expectativa é de queda nas bolsas, inclusive na B3, e aumento da volatilidade. Empresas ligadas à defesa e petróleo podem se valorizar, enquanto setores industriais e agrícolas, dependentes de insumos importados, sentem pressão de custos.
Cadeias de Suprimentos e Geopolítica:
A escalada militar pode afetar rotas de navegação e a disponibilidade de commodities, além de levar a novas sanções internacionais, impactando o comércio global.
Pesquisas apontam que a maioria dos brasileiros teme impactos econômicos do conflito, especialmente alta do petróleo e insumos agrícolas. O governo brasileiro e o Banco Central acompanham de perto a situação, prontos para agir caso a volatilidade se intensifique.
Resumo:
A entrada dos EUA no conflito Israel x Irã, a retaliação iraniana contra bases americanas e a escalada militar no Oriente Médio aumentam o risco de instabilidade global. Para o Brasil, os principais efeitos devem ser vistos na alta do petróleo, pressão inflacionária, valorização do dólar e maior volatilidade nos mercados financeiros. O cenário exige cautela de empresas, investidores e autoridades econômicas435612.
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